Diagnóstico e tratamento da peritonite infecciosa felina: Revisão de literatura.

Abstract

A peritonite infecciosa felina (PIF) é uma doença infectocontagiosa sistêmica que possui alta taxa de mortalidade. Seu agente etiológico é o vírus da peritonite infecciosa felina (VPIF) causada pela mutação do coronavírus entérico felino (FECV), que ocorre durante a replicação no trato gastrointestinal do organismo. Assim, o vírus adquire a capacidade de adentrar a corrente sanguínea, fazendo intensa replicação em uma das células de defesa conhecida como macrófagos. Como consequência há o desenvolvimento da forma sistêmica da doença que é considerada grave. A PIF é uma enfermidade disseminada em diversos países, que não possui predisposição sexual, porém possui preferência racial. Essa doença pode ainda apresentar duas formas: a efusiva, também conhecida como úmida e a forma não efusiva, também conhecida como seca. Os sinais clínicos costumam ser inespecíficos e podem variar de acordo com a forma da doença. As manifestações clínicas mais comuns são febre persistente, anorexia, perda de peso, diarreia e desidratação. Na forma efusiva pode ser encontrado efusão peritoneal e/ou pleural, distensão abdominal, dispneia e icterícia. Na forma não efusiva, podem ser observados granulomas, uveíte, convulsões e alterações de comportamento. Seu diagnóstico ainda é um desafio por não possuir um teste específico, por isso deve-se correlacionar anamnese, sinais clínicos e exames complementares para obter um diagnóstico. O tratamento indicado é o de suporte, tendo ainda a possibilidade de ser feito imunomodulação e imunossupressão. Atualmente, há uma nova possibilidade de tratamento com a molécula GS-441524 que vem apresentando eficácia no restabelecimento da saúde do paciente infectado com o vírus. Assim, o presente trabalho tem por objetivo a revisão das atualizações na abordagem diagnóstico e terapêutica da PIF.