Uso de sucedâneos lácteos na alimentação de peixes-bois em cativeiro
Data
2021-04-22
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Resumo
Os mamíferos aquáticos da Ordem Sirenia são divididos em duas famílias:
Trichechidae, representada pelo peixe-boi da Amazônia (Trichechus inunguis),
o peixe-boi marinho (T. manatus) e o peixe-boi africano (T. senegalensis), e
Dugongidae, com apenas um representante, o dugongo (Dugong dugon). A
principal ameaça a essas espécies é o encalhe de filhotes nas praias
brasileiras ou a captura dos mesmos. Os diversos fatores que levam o filhote a
se perder da mãe, tanto peixe-boi-marinho quanto peixe-boi-da-Amazônia,
forçou as instituições atuantes no resgate e reabilitação desses animais, a
desenvolver técnicas para o cuidado parental desses animais em cativeiro que
mais se assemelham ao cuidado natural da mãe. Até o momento, não se tem
registro de uma formulação substituta ideal, mas já se tem trabalhos com uso
de diferentes fórmulas lácteas e resultados nutricionais bons. A descrição da
composição nutricional do leite do peixe-boi marinho mantido em cativeiro
contém 17,40% de lipídeos, 5,25% de proteínas, 125,00 mg de cálcio e 105,00
mg de fósforo. Quanto ao peixe-boi da Amazônia, é descrito variações de 8,76
e 19,73% na gordura, 4,24 - 10,47% proteína bruta e 68,55 - 82,1% no teor de
umidade. A principal forma de avaliação da eficiência do sucedâneo lácteo
baseia-se na relação do ganho de peso diário ou semanal. A maioria das
formulações lácteas descritas usa leite vegetal ou animal sem lactose somada
a alguma fonte de gordura (óleo ou manteiga sem sal). Os trabalhos também
relatam a importância de se inserir um complexo vitamínico-mineral ao
sucedâneo utilizado. Algumas formulações descritas apresentam resultados
promissores em relação ao ganho de peso do animal e são usadas
diariamente nos centros de reabilitação de mamíferos aquáticos pelo Brasil.
Descrição
Palavras-chave
Sirênios. Leite. Órfão. Reabilitação, Sirenia. Milk. Orphan. Rehabilitation