Espaço não-formal: uma proposta de ensino para a formação de um cidadão socioambiental

Abstract

A Biologia é uma disciplina essencial para se entender os ecossistemas, como são alterados e de que maneira essas alterações interferem no meio ambiente, O desafio do ensino de Biologia em desenvolver a capacidade de pensar lógica e criticamente, dificilmente é alcançado uma vez que, na prática de sala de aula, a realidade encontrada é de um ensino diretivo, autoritário e cercado de falta de interesse em realizar algo diferente por parte dos alunos e também de professores, logo o que se observa é apenas a transmissão de conhecimentos. Espaços não-formais têm se constituído como campo para diversas pesquisas em educação que buscam compreender principalmente as relações entre os espaços não-formais e a Educação formal no Brasil. Museus, zoológicos, dentre outros têm sido estudados, em parceria com escolas como locais favoráveis à realização de projetos de Educação Ambiental, e os museus e centros de ciências têm recebido grande atenção dos pesquisadores pela potencialidade de envolvimento da comunidade escolar com a cultura científica. Diante disso, este trabalho teve como objetivo desenvolver e analisar uma atividade prática em espaço não-formal afim de contribuir com a formação de cidadãos socioambientais. A metodologia aplicada foi uma adaptação da pesquisa-ação baseada no ciclo básico da investigação-ação que possui quatro fases, planejar, implementar, descrever e avaliar. A pesquisa foi realizada com quatro turmas do 2° ano do ensino médio integrado ao técnico de um Instituto Federal. Os resultados encontrados mostraram-se significativos na aprendizagem dos alunos, pois a atividade proporcionou uma nova abordagem que possibilitou criar uma relação mais próxima entre os alunos e o ensino da Biologia, que intensificou o contato entre os alunos e a natureza, despertou a consciência ambiental e novas atitudes em relação ao ambiente e aos organismos estudados, de forma a desenvolver uma conduta sustentável.