Dengue, Zika e Chikungunya: análise dos efeitos de campanhas preventivas e uma abordagem da aprendizagem significativa em Instituição de Ensino Federal

Abstract

A dengue, zika e chikungunya são doenças virais agudas que afetam milhões de pessoas em todo o mundo. São transmitidas pela fêmea do mosquito Aedes aegypti, que hoje está presente em todo o território brasileiro. O Ministério da Saúde e o Ministério da Educação criaram um programa chamado Saúde na Escola, cujos objetivos são a difusão de medidas de prevenção de doenças e a promoção da saúde. No caso das doenças citadas, seria o principal agente para a prevenção e controle dentro do ambiente escolar. É papel da escola e do professor como promotores de saúde, transmitir tais conhecimentos a respeito do vetor, suas características e agentes etiológicos. Nesta pesquisa, verificaram-se os efeitos das campanhas de prevenção e conscientização em alunos de uma instituição de ensino federal, avaliando os conhecimentos da população pesquisada em relação ao vetor, às doenças que transmite e às formas de prevenção (incluindo o combate ao mosquito) e tratamento, comparando o nível de conhecimento entre diferentes níveis de ensino. Partindo da premissa de que a educação para a saúde está ligada à aprendizagem-significativa, a abordagem utilizada foi de uma avaliação quali quantitativa através de questionário semi-aberto, cuja aplicação deu-se em dois momentos: 1) O questionário foi aplicado visando obter informações sobre os conhecimentos prévios. 2) O questionário foi aplicado após aula expositiva com exibição de vídeo didático sobre a biologia do vetor e as implicações sócio-política econômicas das doenças e uma apresentação em powerpoint® com informações recentes e contextualizadas sobre as arboviroses. Como resultado da primeira avaliação, observou-se que as campanhas externas ao ambiente escolar tiveram maior impacto nos alunos, sendo estas a maior fonte de informações em todas as turmas pesquisadas. Houve diferença entre as turmas do ensino médio e da graduação, com melhor desempenho das primeiras. Sugere-se que haja atividades mais intensas voltadas à prevenção de doenças na escola e que mais atenção seja dada aos conteúdos relacionados a esses temas nos cursos de formação de professores, a fim que a promoção da saúde seja uma atividade contínua e independente das campanhas publicitárias realizadas somente durante as epidemias.